Resumo: | Com este estudo pretendeu-se apresentar uma proposta e uma metodologia de trabalho, para um planeamento da identidade visual de áreas urbanas históricas protegidas actualmente por legislação; utilizou-se como exemplo o centro histórico de Vila Nova de Gaia. Localizado na margem esquerda do rio Douro, na encosta voltada a Norte, o centro histórico é delimitado pela linha do Entreposto do Vinho do Porto, pertencendo a uma única freguesia, de Sta Marinha, cuja história remonta a períodos anteriores à formação da nacionalidade. Como tantos outros centros históricos também o de Vila Nova de Gaia passou por várias evoluções urbanas, e, por um reconhecimento, tardio, do poder local sobre a importância na sua reabilitação e preservação. Situar o centro histórico de Vila Nova de Gaia no território nacional e compará-lo com experiências nacionais e internacionais no âmbito da conservação do património edificado, traça um diagnóstico sobre o que já foi feito e o que ainda falta fazer. Com as suas construções sobre o alinhamento dos percursos, agrupadas umas às outras em lotes de frente estreita, compõem um cenário importante na percepção e composição da paisagem urbana, sendo o estudo cromático das suas fachadas primordial para o controle estilístico e de manutenção histórica da imagem do lugar. O conhecimento dos estudos sobre cor do ponto de vista físico, químico, biológico, antropológico e artístico, mostra-nos a complexidade que a sua utilização acarreta na qualidade de vida quotidiana dos seres humanos e a importância na sua manipulação, que deverá ser cuidada e criteriosa. As investigações científicas, elaboradas sobre a tradição construtiva no modo de revestir os suportes do espaço vivencial, devem contribuir como um avanço e não recuo na procura da qualidade e conforto moderno, sem recorrer a grandes gastos de manutenção. Por isso, regulamentar e divulgar todos os aspectos da dimensão da ciência da reabilitação e conservação do edificado, contribui para uma defesa efectiva do património e, por conseguinte, para a manutenção da sua identidade e autenticidade no reconhecimento do turismo cultural.
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