Resumo: | As organizações governamentais e as organizações empresariais não conseguem suprir todas as necessidades da sociedade. Assim, os cidadãos vêem-se obrigados, através de iniciativas sociais, a criar entidades que colmatem os problemas verificados, surgindo, assim, organizações que não visam a criação de lucro, que se autogovernam, que são de caracter voluntário e que são a “solução para problemas públicos” - as Organizações Sem Fins Lucrativos (OSFL). A Lei de Bases da Economia Social (LBES), onde são destacados os princípios orientadores da Economia Social (ES), põe em evidência a transparência, a responsabilidade, mas nem todas as OSFL se apresentam de forma transparente para os seus stakeholders. Dado que a maioria do seu financiamento advém de entidades externas, a adoção desses princípios é relevante para a sustentabilidade das organizações. E, para isso, são utilizados processos de transparência, como a accountability. Assim, a investigação presente neste trabalho visa perceber todos estes conceitos e aplicá-los às organizações cujo objetivo é sim satisfazer as necessidades de uma sociedade socialmente deficitária. A satisfação dos stakeholders e a transparência nestas organizações são essenciais para continuação do seu trabalho social, e, neste trabalho, será percetível essa característica. Para o efeito, através de uma análise qualitativa com recurso a estudo de caso múltiplo e utilizando o método de recolha de dados designado de entrevista, iremos perceber a importância da transparência e accountability para o desempenho das OSFL e para os seus stakeholders. Foi percetível com este estudo, perceber que as OSFL em estudo dão importância aos seus stakeholders e a uma gestão transparente, apoiada em processos de accountability de forma a garantir a satisfação de todos os interessados e a sustentabilidade da organização.
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