Propriedades físicas de argamassa geopolimérica de lamas residuais das minas da Panasqueira

O reaproveitamento das lamas residuais das Minas da Panasqueira em materiais geopoliméricos, permite por um lado diminuir o impacto ambiental negativo do seu depósito à superfície, e por outro lado, em substituição de cimento Portland, contribui para a diminuição do nível de emissões de gases com ef...

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Detalhes bibliográficos
Autor principal: Centeio, João da Cruz Sequeira (author)
Formato: masterThesis
Idioma:por
Publicado em: 2015
Assuntos:
Texto completo:http://hdl.handle.net/10400.6/3421
País:Portugal
Oai:oai:ubibliorum.ubi.pt:10400.6/3421
Descrição
Resumo:O reaproveitamento das lamas residuais das Minas da Panasqueira em materiais geopoliméricos, permite por um lado diminuir o impacto ambiental negativo do seu depósito à superfície, e por outro lado, em substituição de cimento Portland, contribui para a diminuição do nível de emissões de gases com efeito de estufa. O presente trabalho insere-se no desenvolvimento de um elemento (argamassa) geopolimérica à base de lamas residuais das minas da Panasqueira para aplicação em paredes de edifício, procurando conhecer e melhorar o seu comportamento térmico. Na caracterização dos materiais de base para a argamassa geopolimérica, estudou-se a possibilidade de aumentar a superfície específica da lama residual para poder aumentar a sua reactividade e consequentemente melhorar o desempenho da resistência mecânica. Foram utilizadas duas formas para aumentar a superfície específica: moer antes do tratamento térmico e moer depois do tratamento térmico, tendo-se verificado que a melhor forma é a segunda. Na elaboração da mistura foi utilizado um software “ALKALE” para o cálculo dos activadores alcalinos para uma determinada massa do precursor. Foram também estudadas determinadas propriedades físicas e mecânicas, tendo-se verificado que para as condições que optimizam a resistência mecânica, a trabalhabilidade é baixa e a utilização do introdutor de ar origina misturas mais compactas mas não altera de forma significativa a trabalhabilidade. A adição de água teve um efeito mais eficaz na trabalhabilidade. A argamassa geopolimérica apresentou elevada resistência à flexão, mas em idades iniciais mais baixas que a argamassa de cimento, enquanto que na compressão verificou-se o contrario. O ensaio térmico das argamassas de cimento e geopoliméricas, mostraram que as argamassas geopoliméricas tem melhores desempenhos, comparativamente às argamassas de cimento Portland, com maiores resistências térmicas e menores condutibilidades térmicas.