Summary: | A criação do Edinburgh Festival Fringe data de 1947. O Fringe aconteceu quando um grupo de oito artistas que não faziam parte da programação oficial do então recente Edinbrugh International Festival tentou actuar na inauguração desse festival, sem sucesso. Actuaram na “franja” do festival “oficial” e, desde a década de 1940 do século XX, o Fringe ficou cunhado como o festival que “desafia a norma”. Em 2017 o Fringe celebrou o 70º aniversário, e a ocasião tornou-se conveniente para o início desta investigação qualitativa que teve por base a pergunta de partida: “Que tendências evolutivas entre as diferentes edições do Edinburgh Festival Fringe, entre 2007 e 2017, no contexto do sector cultural da Escócia?”. A Escócia é um país a norte do Reino Unido, que tem como capital a cidade de Edimburgo, com pouco mais de cinco milhões de habitantes. Esta não é a típica concorrente às grandes capitais europeias, no entanto durante o mês de Agosto, o mundo inteiro cabe em Edimburgo. O que esta investigação apresenta é uma análise qualitativa com base em documentação oficial e secundária; investiga a evolução do Edinburgh Festival Fringe ao longo da década 2007-2017, que termina no 70º aniversário do festival. A investigação apresenta uma fundamentação teórica onde são justificados conceitos encontrados na literatura; seguidos de uma análise histórica que posiciona os festivais no seu contexto histórico e geográfico a nível social e político; e por fim é também apresentada através dos dados resultantes da investigação documental, a evolução participativa, económica e evolução de géneros artísticos performativos no Edinburgh Festival Fringe. Esta investigação propõe-se pensar nos festivais como fenómenos sociais: qual a sua utilidade? Qual a sua relevância? Qual o seu peso social? Qual o seu futuro?
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