Repressive dynamics and political subjectivities: the case of Peniche Prison

Este artigo analisa a experiência dos presos políticos no troço final do Estado Novo. Tomando a cadeia do Forte de Peniche como ponto de observação, explora-se o modo como as identidades políticas foram definidas, e até reforçadas, através do conflito com as dinâmicas coercivas emanadas da prisão. O...

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Detalhes bibliográficos
Autor principal: Cardina, Miguel (author)
Formato: article
Idioma:eng
Publicado em: 2015
Assuntos:
Texto completo:http://hdl.handle.net/10316/43505
País:Portugal
Oai:oai:estudogeral.sib.uc.pt:10316/43505
Descrição
Resumo:Este artigo analisa a experiência dos presos políticos no troço final do Estado Novo. Tomando a cadeia do Forte de Peniche como ponto de observação, explora-se o modo como as identidades políticas foram definidas, e até reforçadas, através do conflito com as dinâmicas coercivas emanadas da prisão. O confinamento, as regras, o isolamento, a vigilância e a punicão construíram uma teia punitiva destinada à produção de “corpos dóceis”. Diante disso, os presos contrapuseram estratégias de resistência que não só buscavam elidir a realidade objectiva da clausura como reafirmar a sua subjectividade militante. O artigo explora o papel das clivagens ideológicas entre os presos na operacionalização de distintas culturas de reivindicação e modos de vivenciar o quotidiano do cárcere, mostrando ao mesmo tempo como a vida prisional interagia com dinâmicas políticas mais amplas.