Summary: | Objectivo: Inserida no Mestrado em Gestão de Serviços de Saúde, esta investigação constitui um esforço de ligação entre a teoria e a prática na área do burnout, entendido como um desgaste emocional crónico resultante do stress laboral intenso. Background Justifica-se a opção pelo tema do stress organizacional nas organizações de saúde com o interesse pessoal e o destaque atribuído pelos media à influência da performance individual na produtividade das organizações e, consequentemente, do país. De acordo com alguns estudos (Maslach e Leiter, 1997), a produtividade dos profissionais está alinhada com os níveis de burnout e stress vivenciados: O burnout possui três tipos de antecedentes - características das funções desempenhadas, características organizacionais e características pessoais (Cordes e Dougherty, 1993); O burnout está mais dependente dos desajustes individuais percepcionados por cada indivíduo no trabalho que desenvolve, do que propriamente das suas características pessoais e individuais (Lee e Ashforth, 1996; Schaufeli e Enzmann, 1998). Método Pretende-se estudar esta (cor)relação no grupo dos enfermeiros de um Serviço de Urgência Geral, de Lisboa. Os dados foram recolhidos nos meses de Novembro e Dezembro de 2010 e aplicaram-se os seguintes questionários auto-reportados: MBI (Maslach Burnout Inventory), AWL (Areas of Worklife) e CSE (Core Self Evaluation). Resultados e Conclusões Estes profissionais apresentam níveis médios de burnout, que resultam mais da sua auto-avaliação e da forma como se vêem a si próprios, e menos dos desajustes que percepcionam no trabalho que realizam. As variáveis sociodemográficas não demonstraram relação significativa com o nível de burnout experienciado.
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