Summary: | Objetivo: Investigar os efeitos de tratamentos térmicos pós-polimerização na estabilidade cromática de duas resinas bis-acrílicas. Materiais e métodos: Foram criados 12 grupos experimentais (n=5), de acordo com as combinações possíveis entre as resinas bis-acrilicas [Structur 3 (V) e Protemp 4 (3M)], os tratamentos térmicos pós-polimerização [banho de água a 60 ºC (B), microondas (M) e secador de cabelo (S)] e a duração do tratamento (2 e 4 min). Foi também criado 1 grupo controlo, sem tratamento, para cada resina. Quinze minutos após o tempo de polimerização realizou-se a medição inicial da cor de cada espécime, recorrendo ao espetrofotómetro VITA Easyshade V. Aos 30 min, os espécimes de cada grupo experimental foram submetidos ao tratamento térmico e, posteriormente, imersos numa solução de café. A medição da cor foi novamente realizada às 24 h e 7 dias, para se calcular a alteração cromática (ΔE00) relativamente à cor inicial. Os dados foram analisados com testes não paramétricos de Wilcoxon, Kruskal-Wallis e Mann-Whitney U (α=0,05). Resultados: O ΔE00 aumentou de forma estatisticamente significativa (p<0,001) das 24 h para os 7 dias. Os grupos do Protemp 4 apresentaram um ΔE00 estatisticamente (p<0,001) inferior comparativamente aos grupos do Structur 3. Não se verificaram diferenças significativas (p>0,05) entre os tipos de tratamento térmico e a duração destes. Para o Structur 3, na comparação dos grupos experimentais com o grupo controlo, verificou-se que o VB_2 apresentou valores de ΔE00 superiores (p=0,048), aos 7 dias. Para o Protemp 4 verificou-se que os valores obtidos para o 3MS_4, eram estatisticamente inferiores após 24 h (p=0,022). Conclusão: A resina Protemp 4 apresentou maior estabilidade cromática. A estabilidade cromática não foi influenciada pela duração e tipo de tratamento térmico pós-polimerização. As alterações cromáticas foram consideradas clinicamente inaceitáveis após uma imersão de 24 h em café.
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