Summary: | Antevendo mudanças climáticas, o ano de 2005 por ora anormalmente quente e seco poderá ser revelador do comportamento de algumas castas em diferentes condições climáticas. Em três ensaios a decorrer em empresas privadas (Dão Sul, Caves Messias e Quinta de Lourosa), estudou-se o comportamento da Touriga Nacional com diferentes itinerários tecnológicos. No Dão avaliou-se a influência da densidade de sarmentos (23, 17 e 11 por metro linear de sebe) e monda qualitativa ao pintor. Na Bairrada, comparou-se o modo de condução tradicional com o sistema Lys. Em ambos os sistemas de condução se avaliou a influência da monda qualitativa de cachos ao pintor. Na região dos Vinhos Verdes, no sistema LYS 2/3, avaliou-se o efeito da densidade de sarmentos (29 e 20 por metro linear de sebe), e da desfolha associada a ligeira monda qualitativa ao pintor. Nestas três regiões, duas das quais não tradicionais desta casta, a Touriga Nacional revelou níveis elevados de rendimento e qualidade em itinerários tecnológicos adequados. A monda reduziu o rendimento em todos os casos como seria de esperar, com ganhos de TAP apenas na Bairrada. De um modo geral, o efeito dos diferentes níveis de intervenção em verde (desfolha e supressão de lançamentos) não foi relevante. No Dão, a maior densidade de sarmentos originou maior rendimento sem quebras de qualidade. Em termos globais, a casta Touriga Nacional demonstrou elevado potencial de rendimento e maturação em todas as regiões. Apenas em situações de elevado stress hídrico, como verificado na Bairrada em 2005, a redução da produção levou a ganhos significativos de qualidade.
|