Resumo: | Introdução: As perturbações do espetro do autismo são um conjunto de patologias do neurodesenvolvimento que se manifestam por dificuldades na comunicação e interação social, associadas a comportamentos repetitivos. A musicoterapia tem sido descrita na literatura como uma terapêutica complementar benéfica nestes pacientes. O objetivo deste trabalho consiste em rever a evidência do efeito da musicoterapia como intervenção não farmacológica, em crianças e adolescentes que sofrem desta patologia. Métodos: Pesquisaram-se normas de orientação clínica, revisões sistemáticas, metanálises e ensaios clínicos controlados e aleatorizados, nas bases de dados da National Guideline Clearinghouse, Scottish Intercollegiate Guidelines Network, Canadian Medical Association Infobase, Cochrane Library, Bandolier, Pubmed e Índex das Revistas Médicas Portuguesas, publicados desde sempre e até dezembro de 2015, em inglês ou português, com os termos MeSH, “music-therapy” e “autism spectrum disorder” ou “autistic disorder”. Resultados: Foram incluídos nesta revisão seis artigos: uma norma de orientação clínica, uma metanálise, duas revisões sistemáticas e dois ensaios clínicos controlados e aleatorizados. Na maioria dos estudos verificou-se que a musicoterapia apresenta evidência limitada como intervenção não farmacológica em crianças e adolescentes com perturbações do espetro do autismo. Conclusões: É necessária a realização de mais estudos de investigação, de boa qualidade metodológica, para se estabelecer a eficácia da musicoterapia neste grupo terapêutico.
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