| Summary: | O presente estudo pretende analisar a relação entre o ajustamento da pessoa à organização (person-organization fit - POF) e as intenções de saída (IS) bem como o efeito moderador dos traços de personalidade nesta relação. A amostra conta com 143 trabalhadores com idades compreendidas entre os 21 e os 62 anos. Para avaliar cada uma das variáveis foram utilizadas, a sub-escala de Person-Organization fit (Chuang, Shen & Judge, 2016), a escala de Turnover and Retention Intentions and Cognitions (TRIC) (adaptado de Bozeman & Perrewé, 2001) e o Big-Five Inventory (BFI-10) (Rammstedt & John, 2007). Os resultados obtidos revelaram que o POF exerce um impacto significativo e negativo nas IS. Não se verificou moderação por parte dos traços de personalidade. Posteriormente foi realizada uma segunda análise de carácter exploratório cujo objetivo foi perceber se existiam diferenças entre o POF e as IS, quando comparamos um colaborador com uma antiguidade inferior ou igual a 5 anos e com uma antiguidade superior ou igual a 15 anos. Para a amostra onde os colaboradores têm uma antiguidade inferior ou igual a 5 anos, as intenções de saída são explicadas em 36,6% pelo POF, em comparação com a amostra onde os colaboradores têm uma antiguidade superior ou igual a 15 anos, cujos resultados mostram que apenas 9,6% das IS são explicadas pelo POF. Em suma, os colaboradores com menos antiguidade valorizam mais o ajustamento que têm à sua organização, sendo este um factor determinante para a permanência dos mesmos nas organizações.
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