Resumo: | Esta investigação defende o papel mediador do designer na representação dos lugares, sendo o desenho e o património existencial, as suas ferramentas privilegiadas. Neste sentido, questiona-se se cada lugar exige uma representação própria, um mapa ‘feito à medida’ do corpo do lugar. Foi adotado um método de investigação através da Arte e do Design, que permitiu uma constante colocação e teste de hipóteses de representação. Os diferentes âmbitos de intervenção e as suas implicações foram mapeados regularmente através de mapas mentais. Posteriormente, foram identificadas e aplicadas estratégias de design, na representação de lugares. O conhecimento transferível a outros autores / designers reside na demonstração de como desempenhar este processo contemporâneo de mapeamento e representação dos lugares, ou seja, como desenhar. Para isso, são propostas quatro estratégias de Design: Mapscapes, que incide sobre o hibridismo entre o código cartográfico e o desenho de observação; Wayseeing Maps, que privilegia a deambulação como forma de conhecimento dos lugares; WaySfindings Maps, que tira partido da inevitabilidade do erro da mão que desenha; Tailor-Made Maps, que se dedica à representação da unicidade do lugar. Como resultado da aplicação das quatro estratégias de design, foram produzidos dezasseis mapas de lugares, destinados ao contexto artístico/académico, comercial, cultural e turístico. Os resultados foram sistematizados numa tabela que relaciona as estratégias de design com as diferentes maneiras de ver cada lugar. A tabela permite também diferenciar o conhecimento transferível das marcas autorais de cada mapa. A discussão final assenta sobre a possibilidade de criação de novas estratégias de design transmissíveis a outros autores, mas também e tal como num código aberto, aborda a possibilidade de outros criarem as suas próprias estratégias de design para uma representação diferenciada dos lugares.
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