Summary: | Com o intuito de identificar o peso da qualidade da vinculação no desenvolvimento emocional e sócio-cognitivo de crianças de idade pré-escolar, foi aplicada a metodologia Attachment Story Completion Task (ASCT, Bretherton, Ridgeway & Cassidy, 1990) a uma amostra de 72 crianças de idade pré-escolar. Colocou-se a hipótese de haver variações de género durante o desempenho desta tarefa. Assim, especula-se que quanto melhor a qualidade da vinculação melhor a apropriação e gestão de afectos face a determinados contextos sociais podendo haver especificidades de género no modo como essa apropriação é feita. Espera-se ainda que crianças com Modelos Internos Dinâmicos seguros apresentem melhor conhecimento emocional do que aquelas que tiverem Modelos Internos Dinâmicos inseguros, podendo também ser detectadas subtilezas de género no modo como demonstram esse mesmo conhecimento. Houve uma correlação significativa entre a escala de Coerência e de Segurança nas histórias durante o ASCT. Os resultados do presente trabalho demonstraram que não há diferenças significativas de género a nível da escala de Coerência e de Segurança durante a concretização das tarefas do ASCT. Também se constata que crianças com um vínculo seguro vivem relações mais calorosas com os seus cuidadores e discutem as emoções de forma aberta e apropriada, o que permite que exibam melhor conhecimento e expressão emocionais.
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