Summary: | Este livro propõe-se fazer da ciência praticada em Lisboa um elemento essencial para a compreensão das dinâmicas históricas do Portugal contemporâneo. Se parece certo que a condição de capital explica o facto de que grande parte da ciência feita em Portugal se tenha concentrado em Lisboa, o conjunto de textos aqui reunido explora as formas como essa centralidade foi construída por meio de objetos técnicos e discursos científicos de modernidade ou decadência. A partir do estudo de uma série de instituições dá-se conta do modo como ao longo dos séculos XIX e XX os problemas urbanos lisboetas inspiraram o trabalho científico. Mas sobretudo, mostra-se como é que os projetos políticos do liberalismo, da república e do fascismo se fizeram na prática com doses elevadas de ciência e tecnologia e, talvez mais inesperado, como é que cientistas, engenheiros e médicos forneceram matéria de facto para que esses projetos políticos pudessem ser imaginados.
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