A água dá, a água tira: gestão social dos extremos da agua (seca e torrencialidade) no Barrocal Algarvio

A presente tese procura conhecer e aprofundar o modo como no Barrocal Algarvio, zona clássica de regime torrencial, se gerem as situações de seca e torrencialidade em prol de uma agricultura tradicional de sequeiro e de regadio. Inseridos os estudos de caso de referência – o Regadio do Nascente e as...

Full description

Bibliographic Details
Main Author: Tomé, Sónia Guerreiro (author)
Format: masterThesis
Language:por
Published: 2009
Subjects:
Online Access:http://hdl.handle.net/10071/1470
Country:Portugal
Oai:oai:repositorio.iscte-iul.pt:10071/1470
Description
Summary:A presente tese procura conhecer e aprofundar o modo como no Barrocal Algarvio, zona clássica de regime torrencial, se gerem as situações de seca e torrencialidade em prol de uma agricultura tradicional de sequeiro e de regadio. Inseridos os estudos de caso de referência – o Regadio do Nascente e as hortas da Ribeira das Mercês – nos usos agrícolas da água, em correspondência com a pequena agricultura familiar de subsistência, procura-se através da análise da gestão social da água de rega de uso comum compreender algumas dimensões sociais (económica, jurídica, relacional, simbólica e outras) da sociedade do Alto Barrocal incluída nas freguesias de Querença, Tôr e Salir do concelho de Loulé, sobretudo do ponto de vista do agricultor. Manter activo o uso comum da água no fundo dos vales, zonas tradicionalmente privilegiadas do ponto de vista dos recursos hídricos, pode significar para as gentes do Barrocal o acautelar de um recurso indispensável a um futuro que se afigura incerto. Incerto do ponto de vista da auto-subsistência familiar, incerto do ponto de vista do recurso água.