Resumo: | Resumo: A partir do estudo evolutivo do quarteirão, e premissas que o condicionaram ao longo das épocas históricas, conceptualmente e formalmente, surge a necessidade de análise das problemáticas actuais. Nesse contexto, abordagens aos tempos globais que modificam a identidade das cidades, as políticas de consumo, representadas fisicamente por centros comerciais, e a forma como a reabilitação responde ao crescimento zero das cidades em momentos de crise económica, social e cultural, parecem-nos pertinentes, dado que todos estes pressupostos se apresentam relacionados e, condicionam a abordagem aos quarteirões enquanto espaço de intervenção. Como possível resposta surge a criatividade, onde os agentes principais são denominados de Classe Criativa, e o lugar destes apresenta-se de diversas maneiras entre as quais, as Indústrias Criativas. Neste panorama a abordagem à cidade, como cidade criativa, conexa e cultural parece uma abordagem que procura responder e organizar alguns dos indicativos de mudança. No enquadramento dos dois conceitos, pretendemos entender qual o papel do quarteirão enquanto disseminador da criatividade, e em que medida este se apresenta benéfico para a cidade, na reformulação de pressupostos e criação de novos. Com efeito, torna-se necessário compreender como estes conceitos se aplicam na cidade, em concreto no quarteirão, através do estudo de autores como Goitia, Mumford e Lamas, no estudo do espaço quarteirão em diferentes épocas e suas premissas de desenvolvimento. Na vertente dos conceitos Criativos, apoiamos o estudo em autores como Charles Landry, Richard Florida e Pink, para uma melhor compreensão desta actividade baseada na cultura, razão e conhecimento, e a sua mais-valia na restruturação da cidade. Com base neste entendimento, apresenta-se um ensaio projectual, o Quarteirão Criativo, em Santa Maria da Feira, que apresenta um conjunto arquitectónico manifestado por inúmeros elementos, nos quais é desenvolvido com maior especificidade o H-IC, enquanto Hub de Indústrias Criativas e o +1, enquanto reformulação de um edificio educacional, para desta forma potenciar criativamente as conexões culturais na cidade
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