Summary: | O presente trabalho de investigação pretende dar a conhecer as preocupações que os educadores de infância do arquipélago dos Açores apresentam face à temática da educação ambiental e que representações têm das suas práticas ambientais nas escolas. Tenta-se também perceber quais são as motivações que os levam ou não a desenvolver e/ou estimular a educação ambiental no jardim de infância, tais como as experiências pessoais, a preparação que receberam e que obstáculos identificam. A população inquirida correspondia a 425 educadores, para os quais se enviou um questionário, ao qual responderam 299. A amostra obtida inclui educadores de todas as ilhas dos Açores e na sua maioria corresponde ao género feminino (apenas cinco educadores do sexo masculino). De um modo geral, os educadores inquiridos disseram apoiar e incluir a educação ambiental nas suas aulas de jardim de infância, tendo-se verificado que a idade e as experiências pessoais poderão influenciar a ênfase que dão a esta temática. Os educadores reconhecem que surgem obstáculos no trabalho da educação ambiental, embora tenham mostrado que tentam de alguma forma ultrapassá-los. Por exemplo, quando referiram que receberam uma formação pobre na área da educação ambiental revelaram que as ações de formação e as leituras pessoais, entre outras, podem ajudar a colmatar esta lacuna. A maioria dos inquiridos afirma acreditar que a educação ambiental deverá estar presente em quase todos os projetos de jardim de infância, uma vez que a mudança para uma relação mais equilibrada com o planeta e com as outras espécies depende de todos, independentemente da sua idade. Logo, o jardim de infância será um bom ponto de partida para que as crianças percebam e transmitam (mais tarde) que, ao conservarmos a natureza, estaremos a garantir igualmente a permanência da nossa espécie no planeta.
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