| Summary: | O presente estudo de carácter descritivo pretende compreender a percepção dos professores do ensino secundário sobre a inclusão de alunos com Necessidades Educativas Especiais (NEE), e constatar eventuais problemas no exercício da actividade docente, decorrente da aplicação da Lei n.º 85/2009, de 27 de Agosto, que estabelece o regime da escolaridade obrigatória para as crianças e jovens que se encontram em idade escolar, compreendida entre os 6 e os 18 anos. Esta diversidade, se por um lado, traz para dentro das escolas a riqueza e a verdade que a diferença encerra, por outro lado, levanta aos professores questões importantes e, por vezes difíceis, no modo de ensinar jovens com características muito particulares. Foi utilizada uma metodologia quantitativa. Participaram neste estudo 53 professores do ensino secundário dos agrupamentos GIL Eanes e Júlio Dantas, aos quais foi aplicado um questionário . A análise estatística foi efetuada com recurso ao Statistical Package for the Social Sciences. Foi ainda utlizada a análise de conteúdo. Concluiu-se que os docentes percecionam que os alunos com NEE necessitam de uma sala de apoio, currículos próprios, acompanhamento especializado, entre outras necessidades. No entanto, mesmo cientes desta realidade demonstraram flexibilidade perante a existência de alunos com NEE nas suas salas de aula, expressando níveis de satisfação elevados. Paralelamente reconhecem a importância do apoio socio emocional, para estes alunos, de partilharem a sala de aula com os outros e, neste âmbito, admitem que não deverá haver qualquer diferenciação entre alunos com e sem NEE. Não se verificou uma relação estatisticamente significativa entre a idade e o tempo de serviço dos docentes que constituem a amostra do estudo e as suas percepções. No entanto todas as outras variáveis exercem uma influência estatisticamente significativa sobre as percepções dos professores referidos.
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