Summary: | Este artigo tem o objetivo de apresentar a Ontologia STAP, desenvolvida como parte de uma pesquisa de doutorado que identificou novos elementos de metadados oriundos das folksonomias como contributo para a descrição de recursos em repositórios. A motivação da pesquisa foi a Web Semântica, que é a base para a estruturação e a interoperabilidade dos recursos na Web. Para tanto o Word Wide Web Consortium (W3C) propõe normas e padrões para a criação de repositórios, construção de vocabulários e definição de regras para gestão de dados. Dentre as várias camadas da Arquitetura da Web Semântica a de Ontologias é a que suporta a evolução de vocabulários que podem definir relações entre diferentes conceitos. A ontologia desenvolvida é composta pelo vocabulário dos termos de metadados do Dublin Core (DC) mais os metadados oriundos das folksonomias. DC é um conjunto de metadados para a descrição de recursos da Web e é adotado nos repositórios para o compartilhamento de dados através do protocolo OAI-PMH. Folksonomia é o resultado da atribuição livre e pessoal de etiquetas (tagging), pelos próprios usuários, às informações ou objetos, visando à sua recuperação. Pressupõe-se que a folksonomia permite uma nova forma de organização de recursos da Web e que, naturalmente, poderá também ser adotada pelos repositórios. As etiquetas podem ser relacionadas com propriedades dos metadados DC e outras propriedades complementares, enriquecendo, assim, a organização dos recursos sem comprometer a interoperabilidade dos seus metadados. Como metodologia foi usada a abordagem sistemática proposta por Guizzardi (2000) compreendendo a Identificação dos Propósitos e Especificação de Requisitos, Captura, Formalização, Integração, Avaliação e Documentação da Ontologia. A partir desta abordagem foi construída uma ontologia genérica com o propósito de compartilhar os termos de metadados através de um único esquema RDF, formada por 138 termos DCMI mais os termos do perfil de aplicação STAP.
|