Resumo: | A história ensina que houve gravíssimos erros de análise na antevisão da evolução de conflitos. A circunstância levou, demasiadas vezes, a propostas de ação que apenas resolveram o problema daquela situação específica. Por exemplo, os EUA apoiaram Ho Chi Min no final da segunda guerra mundial, Saddam Hussein durante a guerra Iraque-Irão e vários dos futuros líderes talibãs durante a ocupação soviética e, depois, sabemos a história: os aliados de então passaram à situação de adversários principais. É fácil fazer esta análise agora, mas foi muito difícil fazê-la na altura. Importa por isso, mais do que retirar supostas lições do passado, entender o que se está a passar dentro do fenómeno do terrorismo transnacional para, prospectivamente, encontrar caminhos de evolução que antecipem surpresas estratégicas e evitem apostas tímidas e circunstanciais. Vamos fazer uma breve análise do que foi e significou o ataque terrorista no Sri-Lanka em abril de 2019, olhar para lá da região e enquadrar o tema em duas grandes vertentes: do terrorismo transnacional global e da perspetiva mais global dos objetivos prosseguidos, com ou sem recurso à violência explícita.
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