Resumo: | As transformações sociais ocorrem pela intervenção de pessoas que, por sua vontade e determinação, se unem e alcançam mudanças fraturantes nos paradigmas existentes. A forma como mensuramos e avaliamos a criação de valor social é uma destas fraturas. O paradigma está a passar de uma sociedade civil que acredita que todo e qualquer trabalho associativo e cooperativo é meritório para a exigência de que se comprove esse mérito e filtrando o que, dentro das boas intenções de grande parte deste setor, gera ou não um impacto positivo, transformador e duradouro tendo como resultado a resolução ou mitigação significativa de um problema social. Acompanhando esta mudança de mentalidade a presente tese lança a seguinte questão: “O que estão as organizações portuguesas de Economia Social e Solidária (ESS) a fazer para maximizar o seu impacto social?” A metodologia escolhida, passando a fase de entrevistas exploratórias, passou por estudos de caso e entrevistas guiadas realizadas a decisores de 5 organizações diferentes, todas enquadradas nos princípios de Economia Social e Solidária e com respostas a problemas sociais muito diferentes. Optou-se por reduzir algumas variáveis escolhendo organizações de pequena dimensão a sediadas na região da Grande Lisboa. No entanto, considerou-se relevante a escolha de intervenções e temáticas distintas para que exista uma perceção global sobre o ecossistema em questão.
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