Os benfeitores de pobres nas Misericórdias do Minho (séculos XVII-XVIII)

[Excerto] O funcionamento das Misericórdias na Idade Moderna tem constituído objeto de trabalho de vários investigadores, que, mercê do seu esforço de investigação, têm divulgado estas importantes instituições de assistência na metrópole e no império. Nas últimas três décadas conheceu-se um volume m...

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Detalhes bibliográficos
Autor principal: Lobo de Araújo, Maria Marta (author)
Formato: article
Idioma:por
Publicado em: 2017
Assuntos:
Texto completo:http://hdl.handle.net/1822/63538
País:Portugal
Oai:oai:repositorium.sdum.uminho.pt:1822/63538
Descrição
Resumo:[Excerto] O funcionamento das Misericórdias na Idade Moderna tem constituído objeto de trabalho de vários investigadores, que, mercê do seu esforço de investigação, têm divulgado estas importantes instituições de assistência na metrópole e no império. Nas últimas três décadas conheceu-se um volume muito significativo de estudos, principalmente para o Período Moderno. Reconhece-se, no entanto, que o Período Contemporâneo se encontra menos trabalhado e a necessitar de um maior investimento. No Minho, província do Norte de Portugal, a instalação destas instituições fez-se cedo. Embora para a maioria não se conheçam as datas precisas da sua fundação, sabe-se que estavam em funcionamento no século XVI. Para a Idade Moderna existem 15 Misericórdias nesta província: 10 no Alto Minho e 5 no Baixo Minho. Embora seja uma região de pequena dimensão, quando comparada com outras, em 1801 contava com um quarto da população metropolitana (MONTEIRO, 2010, p. 380), facto que no nosso entender terá tido repercussões na instalação destas instituições. Porém, ressalta de imediato uma disparidade de criações entre a região mais a Norte e a localizada mais a Sul, registo que necessita de um aprofundamento explicativo, embora não seja este o enquadramento para o fazer. Neste trabalho analisamos as doações e os legados deixados às Misericórdias do Minho nos séculos XVII e XVIII, e propomo-nos discutir a sua importância para a constituição do património destas confrarias e para o auxílio prestado aos pobres. Daremos particular realce aos que sendo emigrantes no Brasil contribuíram para beneficiar pobres. Depois de passarem vários anos na colónia sul-americana, muitos homens regressaram à sua terra natal e nela usaram de todo o poder alcançado para se mostrarem influentes, não apenas em termos materiais, mas também espirituais. [...]