Perceção de jovens com e sem incapacidade sobre si e os outros, enquanto bailarinos de dança inclusiva

Este projeto tem como propósito aferir a perceção de jovens com e sem incapacidade sobre si e os outros, enquanto bailarinos de dança inclusiva. Foi elaborado um estudo com o grupo “Dançando com a Diferença”, de Viseu, que contou com 30 participantes. Utilizou-se uma metodologia mista, quantitativa...

Full description

Bibliographic Details
Main Author: Costa, Teresa Maria Ferreira da (author)
Format: masterThesis
Language:por
Published: 2022
Subjects:
Online Access:http://hdl.handle.net/10400.19/7235
Country:Portugal
Oai:oai:repositorio.ipv.pt:10400.19/7235
Description
Summary:Este projeto tem como propósito aferir a perceção de jovens com e sem incapacidade sobre si e os outros, enquanto bailarinos de dança inclusiva. Foi elaborado um estudo com o grupo “Dançando com a Diferença”, de Viseu, que contou com 30 participantes. Utilizou-se uma metodologia mista, quantitativa e qualitativa, que incluiu como instrumentos de recolha de dados as versões portuguesas da Escala Contour Drawing Rating Scale (Thompson & Gray, 1995) e da Escala de Auto-Estima de Rosenberg (Rosenberg, 1965), bem como um inquérito por questionário, construído para o efeito, sobre a temática em estudo. Os dados obtidos foram alvo de análise estatística descritiva e inferencial, bem como de análise de conteúdo dos discursos dos participantes. Em relação aos resultados na pesquisa, apurámos que a amostra apresenta valores de autoestima acima da média M=31.46±3.53 e, na imagem corporal, a média da discrepância entre a aparência ideal e a atual foi de M=1.03±2.2. No que concerne às análises diferenciais nos grupos de participantes, observa-se que os valores de autoestima são mais elevados no género feminino, embora a diferença não seja estatisticamente significativa, t(26)=0.956, p=.348, sendo que as diferenças na imagem corporal, em função do género, não se apresentaram significativas (χ2 (2)=3.117, p =.267). O resultado da autoestima em jovens sem incapacidade apresentou-se mais elevado; contudo, a diferença não se mostrou estatisticamente significativa, t(26)=0.591, p=.560; também no que se refere à imagem corporal, a diferença não é significativa (χ2 (2) = 0.321, p=.784). Relativamente às perceções dos jovens “bailarinos(as)” sobre a participação no grupo de dança inclusiva, ressalta-se a emergência de quatro categorias relevantes, “Determinação”, “Participação”, “Improvisação” e “Propósito”. Em relação às subcategorias, surgiram como mais frequentes, “dançar” e “inclusão”, seguindo-se “pertença” e “arte/ criar”. Este tipo de projetos de dança inclusiva salientam a potencialidade das atividades artísticas, ao nível da dança, propiciadoras da mudança da imagem social das pessoas com incapacidade, como sendo participativas e competentes em contextos promotores da sua autoestima, imagem pessoal e autodeterminação.