| Resumo: | Portugal é um dos países da União Europeia (UE) caracterizados por um envelhecimento demográfico progressivo. Este facto resulta da redução da população mais jovem e da população ativa por contrapartida do aumento da população idosa, que se reflete igualmente a nível dos trabalhadores do setor público português. Nas últimas décadas, o cenário frágil no mercado de trabalho tem provocado mudanças significativas nas sociedades ocidentais alterando o pensamento das gerações face ao trabalho contemporâneo, especialmente no que respeita às expetativas de carreira. No âmbito organizacional, as organizações confrontam-se frequentemente com a necessidade de substituir os trabalhadores que se preparam para entrar na reforma por novos, em particular, os da Geração Milénio. Ainda que esta se tenha desenvolvido numa altura de prosperidade, crise económica e expansão tecnológica, a instabilidade associada ao trabalho leva a que até mesmo os jovens licenciados desta geração, temam a sua estreia no mercado de trabalho optando por determinadas perspetivas de carreira. As alterações estabelecidas na função pública ao longo dos anos, desde as de índole gestionária, às ocorridas com a entrada da Troika no país, têm vindo a menosprezar o emprego público e a contribuir em massa para o incremento do envelhecimento. A dissertação em questão debruça-se sobre esta temática, com o intuito de explorar que tipos de expetativas privilegiam estes jovens, em particular até que ponto são sensíveis às condições de trabalho oferecidas pelo Estado Português, de modo a entender a escassez de trabalhadores da Geração Milénio e a dificuldade no rejuvenescimento da Administração Pública (AP).
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