Summary: | Desde o final da década de 90, algumas empresas iniciaram a importação de mantas e laminados de polímero reforçado com fibras (Fiber Reinforced Polymer – FRP), para serem utilizados como reforço em peças de concreto armado. A técnica consiste na colagem do material sobre a superfície do concreto, utilizando-se adesivo epóxi. A elevada resistência à tração e à fadiga, a imunidade à corrosão eletroquímica, o baixo peso especifico e a facilidade de aplicação, são algumas das características desses materiais compósitos que permitiram a sua rápida penetração na área do reforço estrutural. O comportamento dos FRP, quer sob o ponto de vista da ciência dos materiais, quer sob a perspectiva da engenharia estrutural, tem sido investigado por diversos centros de pesquisas brasileiros. Geralmente, as investigações fazem uma abordagem experimental e numérica, no sentido de se compreender o mecanismo do reforço. Os conhecimentos adquiridos por intermédio das investigações têm ficado restritos, preponderantemente, ao meio acadêmico. No Brasil, ainda não existe uma Norma, especifica sobre o tema, que possa orientar os profissionais na prática de projeto e de execução de reforço com FRP. Sendo assim, os engenheiros têm utilizado as recomendações dos fabricantes e o Código do ACI - Committee 440. Os manuais dos fabricantes e os códigos têm sofrido modificações constantes, na tentativa de acompanhar o avanço do conhecimento. A maioria dos reforços executados no país tem como objetivo aumentar a capacidade resistente aos esforços de flexão dos elementos estruturais dos quais se destacam as vigas e as lajes. Nesse trabalho, pretende-se discutir as recomendações para o reforço à flexão que constam do ACI 440, efetuando-se uma comparação entre resultados experimentais e resultados obtidos com o referido Código. A partir da discussão dos resultados são feitas algumas considerações sobre o estado atual do conhecimento da área em analise.
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