| Summary: | A participação da família nos processos educativos de crianças com necessidades educativas especiais deve ser valorizada, pois a família é um dos principais contextos onde a criança se insere, podendo a mesma ser considerada como o núcleo central do desenvolvimento da criança (Correia, 2008a). Este trabalho tem como objetivo examinar diferenças entre as perceções de envolvimento familiar de pais e profissionais, considerando quer as práticas atuais, quer as práticas desejadas. Neste estudo, participaram 30 profissionais de intervenção precoce na infância, 13 profissionais de educação especial e 22 mães de crianças acompanhadas ao abrigo do Decreto-Lei n.º 281/2009 e/ou do Decreto-Lei n.º 54/2018. Foi utilizado como instrumento de recolha das perceções de envolvimento familiar, uma versão para os pais e outra para os profissionais da escala FOCAS (Bailey & McWilliam, 1991). Os resultados obtidos indicaram a existência de diferenças entre as perceções de envolvimento familiar atual e desejado, entre os pais e os profissionais. Também foram verificadas diferenças entre o envolvimento familiar atual e o envolvimento familiar desejado dos pais e dos profissionais. Os resultados indicaram-nos que os profissionais ainda não aplicam as práticas centradas na família na sua totalidade, ou seja, os pais ainda não participam ativamente em todas as fases do processo educativo do seu filho.
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