Psicopatologia, regulação emocional e crenças sobre a violência sexual em mulheres sexualmente agressivas : um estudo com uma amostra de estudantes universitárias

Este estudo analisou a prevalência de comportamentos sexualmente agressivos em estudantes universitárias, e testou se existiam diferenças significativas entre estudantes sexualmente agressivas e estudantes não agressivas em sintomas psicopatológicos, crenças/mitos sobre a violência sexual e dificuld...

Full description

Bibliographic Details
Main Author: Pinto, Ana Paula Fernandes Russo (author)
Format: masterThesis
Language:por
Published: 2020
Subjects:
Online Access:http://hdl.handle.net/10437/11534
Country:Portugal
Oai:oai:recil.ensinolusofona.pt:10437/11534
Description
Summary:Este estudo analisou a prevalência de comportamentos sexualmente agressivos em estudantes universitárias, e testou se existiam diferenças significativas entre estudantes sexualmente agressivas e estudantes não agressivas em sintomas psicopatológicos, crenças/mitos sobre a violência sexual e dificuldades de regulação emocional. A amostra foi composta por 331 estudantes universitárias, que responderam a questionários de autorresposta. Para comparar estudantes sexualmente agressivas e estudantes não agressivas em sintomas psicopatológicos, crenças/mitos sobre a violência sexual e dificuldades de regulação emocional foi realizada uma MANOVA. Cento e onze (33.5%) participantes reportaram já ter recorrido a comportamentos sexualmente agressivos. Especificamente, 67 (60.4%) participantes reportaram ter utilizado a estratégia de abuso sexual, 61 (55%) reportaram ter recorrido à estratégia de coação sexual e 12 (10.8%) reportaram ter recorrido ao uso da força física. Não foram encontradas diferenças significativas entre os grupos em sintomas psicopatológicos e dificuldades de regulação emocional. Foram encontradas diferenças entre os grupos para as crenças Representação Estereotipada e Consentimento da Vítima, no sentido das mulheres sexualmente agressivas endossaram mais estas crenças do que as mulheres não agressivas. Sintomas psicopatológicos, crenças/mitos sobre a violência sexual e dificuldades de regulação emocional parecem não atuar como fatores de risco dinâmicos para a violência sexual perpetrada por estudantes universitárias.