Summary: | O conceito de híbrido, hoje em dia, não se restringe apenas à biologia ou à indústria automóvel, podendo também aplicar-se à área disciplinar da arquitectura. Enquanto conceito aplicado à arquitectura, reflecte-se em edifícios de carácter multifuncional, ou seja, edifícios que comportam diferentes programas conjugados numa única estrutura. Os edifícios híbridos ultrapassam os limites da arquitectura e do urbanismo, tendo consequências não só a nível interno, como também, na sua envolvente. Nos tecidos urbanos que estejam pouco desenvolvidos e consolidados, a hibridização vai funcionar como elemento de dinamização urbana, quer pela maneira como transforma a vida e a morfologia da cidade quer pelas novas dinâmicas que gera. Assim, estuda-se o modo como a arquitectura híbrida pode permitir dinamizar o espaço público e como se insere no tecido urbano. Tomamos como referências autores como Joseph Fenton, Steven Holl, entre outros, e através destes autores construímos o entendimento relativo ao processo e conceitos que estão na base da arquitectura híbrida e a sua contribuição para a dinamização do espaço urbano. Com base nesse entendimento, apresenta-se um projecto de hibridização para a dinamização de Santa Maria da Feira, como exercício prático, no âmbito da arquitectura. Essa proposta procura ser um projecto exemplo para a estratégia mais alargada, que visa a criação de novas dinâmicas através da hibridização do tecido urbano. A arquitectura híbrida tem o potencial de ajudar na transformação do tecido urbano, quer por via da dinamização do espaço urbano, quer pela conjugação de diversos programas no mesmo edifício.
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