Impactos nos activos correntes nas entidades com valores cotados

O propósito deste trabalho consiste em evidenciar e analisar os principais ajustamentos ocorridos nos activos correntes nos balanços consolidados, relativos ao exercício de 2004, decorrentes da transição do Plano Oficial de Contabilidade (POC) para as Normas Internacionais de Contabilidade (IAS/IFRS...

Full description

Bibliographic Details
Main Author: Ferreira, Paulo Sérgio Silva (author)
Format: masterThesis
Language:por
Published: 2012
Subjects:
Online Access:http://hdl.handle.net/10773/9170
Country:Portugal
Oai:oai:ria.ua.pt:10773/9170
Description
Summary:O propósito deste trabalho consiste em evidenciar e analisar os principais ajustamentos ocorridos nos activos correntes nos balanços consolidados, relativos ao exercício de 2004, decorrentes da transição do Plano Oficial de Contabilidade (POC) para as Normas Internacionais de Contabilidade (IAS/IFRS). Ou seja, as sociedades cujos títulos são negociados publicamente e quanto às suas contas consolidadas, de acordo com o art. 4º do Regulamento (CE) n.º 1606/2002, do Parlamento Europeu e do Conselho de 19 de Julho de 2002. Do universo de 46 entidades listadas no site da CMVM 11 não serão objecto de análise, ou seja 24%, por diversos motivos, nomeadamente por só apresentarem as suas acções cotadas após o ano de 2005, não existindo base de comparação. A amostra do nosso estudo fica assim constituída pelas restantes entidades não financeiras, ou seja, 35 entidades. Para uma melhor compreensão do universo que esta amostra representa o total do volume de negócios das 35 entidades representa cerca de 27,47% do Produto Interno Bruto (PIB) português do ano de 2005. Desses 27,47%, cerca de 18,34% pertence às 5 entidades com maior volume de negócios. Em termos globais os impactos ocorridos no total dos Activos das 35 entidades que compõem a nossa amostra não foram muito significativos, em termos absolutos os Activos aumentaram, por força da mudança do normativo contabilístico português para o normativo internacional, cerca de 1,40%. O mesmo equivale a dizer que os Activos da amostra aumentaram 993.283 milhares de euros em 70.921.037 milhares de euros. Em termos de dispersão do impacto a larga maioria, 89%, apresenta uma variação percentual, ocorrida no total do activo, entre o intervalo de menos 20% a 20%. Os Activos Correntes apresentam uma variação negativa de 2,58%. Sendo a nossa amostra constituída por 35 entidades, 13 entidades sofreram uma variação positiva, 37,14%, 18 uma variação negativa, 51,43% e 4 entidades não apresentaram qualquer variação, 11,43%. A larga maioria, 86%, apresenta variações no intervalo de menos 20% a 20%. De entre as várias rubricas que constituem os Activos Correntes destacamos a variação positiva de 18,17 % na conta Outras Contas a Receber, do aumento de 29,50% da conta Caixa e Equivalentes a Caixa. A rubrica Outros Activos Correntes apresentou uma variação negativa de 40,51% a principal razão deve-se ao desreconhecimento de activos intangíveis, como despesas de constituição, alguns custos diferidos como despesas de reparação, formação, publicidade, os quais devem ser levados directamente a resultados do exercício em que ocorrem. Por último verificámos que os rácios apresentaram um impacto positivo de cerca de 66,67%, quando elaborados com a transição de POC para as normas internacionais de contabilidade apenas nos Activos Correntes o impacto passa a negativo de cerca de 55,56% dos rácios elaborados.