Resumo: | Este trabalho é baseado na conceptualização e produção de sensores UV numa membrana polimérica ultrafina, Parileno-C, assim como no estudo da sensibilidade e limites de tal dispositivo. Este projeto provém da presente necessidade de evolução de dispositivos médicos que são utilizados pela população em geral, de forma a que estes se tornem menos invasivos, intrusivos e mais confortáveis, aplicando avanços em materiais e tecnologias. Durante o projeto foi necessária a fabricação e caracterização dos sensores UV. Através de diferentes processos de deposição de material e de litografia, foram produzidos elétrodos interdigitais de alumínio com diferentes espaçamentos onde depois foi depositado o óxido de zinco (ZnO). Este projeto incluiu o teste de três diferentes tipos de ZnO (waste, nanofios e nanopartículas) e de algumas variações dentro de cada tipo com o objetivo de produzir o sensor mais sensível à luz UV. Para a caracterização construiu-se um setup de forma a medir a corrente no sensor enquanto este era irradiado por um LED UV (λ=365 nm) numa posição fixa. Os resultados obtidos provaram que é, de facto, possível criar um sensor UV usando o Parileno-C como substrato e encapsulamento. Verificou-se que o ZnO em forma de nanopartículas possui a capacidade de funcionar com a radiação que vem do Sol e irradia a superfície terrestre. É expectável que com alguma otimização do processo de fabricação e com um circuito capaz de detetar mudanças de corrente à escala do nanoampere seja possível fabricar um dispositivo wearable para uma pessoa comum usar de modo a saber a quantidade de radiação UV a que se encontra disposta.
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