A origem da cobertura em terraço na arquitectura vernacular portuguesa

A presente dissertação aborda as origens da cobertura em terraço enquanto elemento característico da arquitectura vernacular algarvia. Pretendemos também estudar a relevância e perceber a coerência do seu uso enquanto tipologia construtiva na arquitectura modernista portuguesa. Este trabalho teve, e...

Full description

Bibliographic Details
Main Author: Sousa, Filipa Mariana Franco de, 1990- (author)
Format: masterThesis
Language:por
Published: 2016
Subjects:
Online Access:http://hdl.handle.net/11067/1888
Country:Portugal
Oai:oai:repositorio.ulusiada.pt:11067/1888
Description
Summary:A presente dissertação aborda as origens da cobertura em terraço enquanto elemento característico da arquitectura vernacular algarvia. Pretendemos também estudar a relevância e perceber a coerência do seu uso enquanto tipologia construtiva na arquitectura modernista portuguesa. Este trabalho teve, enquanto Objecto, o enquadramento da cobertura plana (conhecida por açoteia) no contexto da cidade de Olhão. Foi então de extrema importância uma análise histórica a esta antiga vila, para o entendimento daquela arquitectura tão particular naquela zona algarvia. Posteriormente, falaremos sobre o projecto modernista do arquitecto Carlos Ramos realizado nos anos trinta, onde a cobertura em terraço é inserida na tipologia construtiva por ele projectada que legitimamente adopta essa tipologia construtiva na sua arquitectura modernista. Lembraremos, por outro, que Le Corbusier, no modernismo centro europeu, adoptou o modelo baseado numas habitações argelinas, que empregou também, como um dos seus cinco princípios baseados nesta arquitectura, a “cobertura em terraço” – “Toit terrace”. Porém o conjunto modernista Bairro Municipal de Olhão, projectado pelo arquitecto Carlos Chambers Ramos, baseado no Movimento Moderno e na arquitectura da cidade de Olhão, foi melhor legitimado que o de Le Corbusier, por, precisamente, sustentar-se no que observamos em Olhão, na relação mais profunda e intrínseca com a verdadeira dimensão humana, social e cultural da arquitectura vernacular portuguesa.