À espera da próxima crise? : análise à situação dos mercados financeiros

As crises e os fenómenos de “exuberância irracional” nos mercados financeiros não são fenómenos recentes. Com efeito, desde a famosa “Tulipomania”, no século XVII, passando pelas perturbações bancárias do século XIX até à Grande Depressão de 1929, as crises têm surgido como fases de ajustamento viol...

Full description

Bibliographic Details
Main Author: Coelho, Miguel Alexandre Teixeira, 1970- (author)
Format: article
Language:por
Published: 2018
Subjects:
Online Access:http://hdl.handle.net/11067/4336
Country:Portugal
Oai:oai:repositorio.ulusiada.pt:11067/4336
Description
Summary:As crises e os fenómenos de “exuberância irracional” nos mercados financeiros não são fenómenos recentes. Com efeito, desde a famosa “Tulipomania”, no século XVII, passando pelas perturbações bancárias do século XIX até à Grande Depressão de 1929, as crises têm surgido como fases de ajustamento violento a grandes tensões que se vão acumulando sobre os mecanismos de funcionamento dos mercados. Partindo deste contexto procura-se com este artigo analisar os antecedentes imediatos da crise financeira iniciada em 2007, bem como as principais etapas dessa mesma crise, procurando-se ainda avaliar se alguns dos fatores que lhe deram origem ressurgiram, na sua forma original ou “mascarados”, potenciando, no curto prazo, uma nova crise de dimensões internacionais. Os resultados obtidos permitem concluir que o “apetite” dos investidores por ativos financeiros menos convencionais parece ter reassumido contornos de dimensões imprevisíveis, enquanto a volatilidade do mercado acionista, representada pelo índice VIX, têm-se situado nos últimos meses, e tal como na véspera da crise de 2007, em valores mínimos históricos. De igual forma, a relação entre as taxas de juro de curto e longo prazos, traduzida no comportamento recente da curva de rendimentos da dívida pública norte-americana (i.e. Treasuries), parece antecipar o regresso do “urso” aos mercados financeiros.