Resumo: | A violência escolar, em particular o bullying, constitui uma espécie de “nó cego” para as comunidades educativas e, de modo geral, para a sociedade. Na lógica de uma compreensão contextual e profunda da vida escolar de alunos, desenvolvemos um estudo sensível às especificidades das interações entre pares, direta ou indiretamente, relacionadas às suas manifestações. Nesta perspetiva, pretendemos verificar se o género masculino, enquanto catalisador preferencial destas abordagens agressivas, mantém nos dias de hoje, o seu status de bullying face ao género feminino. Descrevemos e analisámos a prevalência das múltiplas formas de vitimação ocorridas entre pares, a através de um questionário aplicado a 360 alunos do 7º ano do ensino básico, sendo 168 (46,7%) do género feminino e 192 (53,3%) do masculino, com idades compreendidas entre os 11 e os 16 anos ( Ẋ=12,36 e σ= 0,773). Os principais resultados de pesquisa indicam não haver diferenças de género, estatisticamente significativas, com exceção das categorias de vitimação física e de exclusão.
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