A nossa experiência no tratamento de fracturas da diáfise tibial

As possibilidades terapêuticas nas fracturas da diáfise tibial são múltiplas. Os métodos que temos praticado no Serviço são a osteossíntese com placa e parafusos, “ortopédico-funcional”, encavilhamento e osteotaxis. A osteossíntese com placas e parafusos é um método praticamente abandonado pelo Serv...

Full description

Bibliographic Details
Main Author: Canha, N (author)
Other Authors: Proença, A (author), Judas, F (author)
Format: article
Language:por
Published: 2012
Subjects:
Online Access:http://hdl.handle.net/10400.4/1225
Country:Portugal
Oai:oai:rihuc.huc.min-saude.pt:10400.4/1225
Description
Summary:As possibilidades terapêuticas nas fracturas da diáfise tibial são múltiplas. Os métodos que temos praticado no Serviço são a osteossíntese com placa e parafusos, “ortopédico-funcional”, encavilhamento e osteotaxis. A osteossíntese com placas e parafusos é um método praticamente abandonado pelo Serviço pelas complicações que acarreta, nomeadamente a necrose cutânea e a infecção. Na revisão da nossa casuística, no tempo decorrido entre 1975-1985 a percentagem de infecção profunda e superficial foi de 15,7 %. No que diz respeito ao encavilhamento centromedular destas fracturas, no mesmo período de tempo, a percentagem de infecção profunda foi de 3,2% e a de infecção superficial situou-se nos 12,9%. Introduzido no Serviço em 1980, o tratamento “ortopédico-funcional” das fracturas passou a ser o método de eleição no tratamento das fracturas da diáfise tibial, de tal modo que presentemente são tratadas por este método cerca de 92% das fracturas deste segmento. Os gessos funcionais apresentam, no entanto, alguns inconvenientes no que se refere à consolidação com encurtamento e desvios axiais. Numa revisão de 1230 fracturas de diáfise tibial tratadas pelo método “ortopédico-funcional”, durante o período de tempo entre 1980 e 1985, os resultados globais obtidos foram muito bons: 82% das fracturas fechadas consolidaram em menos de 16 semanas; apenas 9,3% das fracturas consolidaram com encurtamento superior a 1 cm, e 97% das fracturas consolidaram com desvio inferior a 10º de varo/valgo. Se a redução da fractura não for aceitável, isto é, se o encurtamento for superior a 5 mm, ou a angulação maior que 5º em qualquer dos planos, o tratamento “ortopédico-funcional” deve ser interrompido em qualquer das fases e dar lugar à cirurgia. Nestes casos somos adeptos do encavilhamento centromedular clássico ou aparafusado, segundo as normas de conduta terapêutica definida pelo Serviço, atendendo ao nível e tipo de fractura. Reservamos a osteotaxis para o tratamento de fracturas expostas