Os «fingidos» no grande órgão de Tibães, entre ilusão e matéria

O surgimento da organaria em Portugal, e do sentimento subjacente ao espírito religioso da época, permitiu a proliferação de órgãos promovendo obras de qualidade artística e musical incomparáveis. Um dos mais belíssimos exemplares é o grande órgão do Mosteiro de São Martinho de Tibães. Constitui uma...

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Detalhes bibliográficos
Autor principal: Arinto, Agnès Anne Françoise Le Gac (author)
Outros Autores: Fanico, Joana (author), Miguel, Catarina (author), Candeias, António (author)
Formato: conferenceObject
Idioma:por
Publicado em: 2019
Assuntos:
Texto completo:http://hdl.handle.net/10362/64168
País:Portugal
Oai:oai:run.unl.pt:10362/64168
Descrição
Resumo:O surgimento da organaria em Portugal, e do sentimento subjacente ao espírito religioso da época, permitiu a proliferação de órgãos promovendo obras de qualidade artística e musical incomparáveis. Um dos mais belíssimos exemplares é o grande órgão do Mosteiro de São Martinho de Tibães. Constitui uma das mais significativas expressões do Rococó no plano da arte da talha e da decoração de mobiliário, com o recurso sistemático à imitação pictórica de materiais nobres, assim como uma excelente fonte documental quanto à sua execução. Com este estudo pretende-se compreender a técnica dos marmoreados fingidos. Tendo em conta o facto de existir no órgão três elementos visualmente semelhantes mas materialmente bem separados: a caixa, a varanda e a bacia, tratou-se também de perceber se os respectivos revestimentos pictóricos foram feitos ou não pelos mesmos pintores. Foram consultadas várias fontes e tratados existentes da época, e estudadas trinta amostras por técnicas laboratoriais complementares.