Summary: | Na segunda metade do século XIX, chegam a Moçambique os primeiros contingentes de trabalhadores originários do sul da China instalando-se, principalmente, na cidade da Beira. Nas décadas de 50 e 60, seus filhos e netos começam a obter sucesso como comerciantes. Com a iminente chegada da independência, em 1975, estes “portugueses” de origem chinesa emigram a países como Brasil, Portugal, Canadá e Estados Unidos. Esta comunicação analisa, a partir de uma pesquisa realizada junto a famílias instaladas, principalmente, no Brasil, o papel do Clube Atlético Chinês – cuja prática esportiva principal era o basquetebol – como produtor de uma etnicidade diferenciada e, portanto, funcional ao discurso “multiracialista” colonial. Vários dirigentes e membros importantes do Atlético desempenharam, ademais, um papel fundamental na divulgação e promoção da fotografia. Indagamos, também, acerca desse duplo registro “modernizador” – esporte e fotografia – que é, até hoje, um elemento aglutinador na comunidade de memórias desta “diáspora”.
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