Mecanismo de aderência aço liso-betão na resposta cíclica de nós

Uma parte considerável dos edifícios construídos até meados da década de 70 do século passado em Portugal e em outros países do Sul da Europa são, em grande parte, vulneráveis às ações sísmicas. Muitos destes edifícios têm associados opções de conceção e construção que podem condicionar a sua segura...

Full description

Bibliographic Details
Main Author: Garcia, Renato Filipe Chaves (author)
Format: masterThesis
Language:por
Published: 2012
Subjects:
Online Access:http://hdl.handle.net/10773/7594
Country:Portugal
Oai:oai:ria.ua.pt:10773/7594
Description
Summary:Uma parte considerável dos edifícios construídos até meados da década de 70 do século passado em Portugal e em outros países do Sul da Europa são, em grande parte, vulneráveis às ações sísmicas. Muitos destes edifícios têm associados opções de conceção e construção que podem condicionar a sua segurança sísmica, devido à inexistência de regulamentação específica relativa ao dimensionamento sísmico naquela época da construção. Tendo por base o atual estado do conhecimento e os regulamentos sísmicos, conclui-se que as limitações referidas poderão estar relacionadas com a má pormenorização da armadura, com o betão de reduzida resistência, e com a utilização de armadura lisa. Estes edifícios não dispõem de capacidade adequada para resistir às solicitações cíclicas, como as induzidas pela ação sísmica. Nestas estruturas, a aderência entre os varões de aço liso e o betão é limitada, proporcionando assim condições para se formar o mecanismo do escorregamento das armaduras, que pode condicionar a capacidade sísmica das estruturas dos edifícios, e no limite potenciar o seu colapso. A presente dissertação pretende contribuir para uma melhor compreensão do comportamento cíclico de estruturas de betão armado edificadas até meados da década de 70 com armadura lisa. O estudo desenvolvido concentra-se na análise da influência do mecanismo de aderência aço liso-betão no comportamento cíclico de ligações viga-pilar em nós interiores de edifícios. Para o efeito, construíram-se seis provetes (nós viga-pilar) à escala real, cinco dos quais são representativos dos elementos estruturais daquela época, considerando a pormenorização das armaduras especificadas na respetiva regulamentação em vigor à data, e as práticas de construção daquela época. O outro provete foi construído com armadura nervurada, permitindo a comparação do desempenho dos provetes em função das características de aderência aço-betão. Os seis provetes foram ensaiados na horizontal para um carregamento combinado de esforço axial no pilar constante, e carga lateral cíclica de amplitude crescente. Com base nos resultados experimentais obtidos foi possível compreender a influência dos pormenores construtivos típicos no fenómeno de escorregamento das armaduras e consequentemente, no desempenho dos nós viga-pilar interiores para carregamentos cíclicos.