Summary: | A última crise financeira internacional, conhecida por crise subprime, determinou um dos períodos mais negros da história do setor financeiro forçando os governos de vários países a injetar elevadas somas de dinheiro público no capital dos bancos. Estando os bancos salvos pelos governos, a dúvida de solvência passou para os Estados mais endividados conhecida pela crise da dívida soberana. Os impactos da crise subprime não tardaram a chegar a Portugal, e o Governo Português teve que socorrer o setor financeiro aprovando os regimes de garantias e de recapitalização em outubro de 2008 e maio de 2009, respetivamente. Os impactos da crise da dívida soberana chegou a Portugal em junho de 2011, através do Programa de Assistência Económica e Financeira (PAEF) acordado com a União Europeia (UE), Banco Central Europeu (BCE) e Fundo Monetário Internacional (FMI). Iniciava-se assim um processo de significativas mudanças estruturais, nomeadamente, no sistema financeiro. O presente estudo tem como objetivo principal determinar de que forma o Grupo Crédito Agrícola (GCA) - sendo o único banco cooperativo em Portugal - se diferenciou das restantes instituições bancárias (IB), entre 2006 e 2014, sem se socorrer a qualquer ajuda pública. Os resultados obtidos demonstram que o GCA teve a melhor performance em oito dos nove indicadores utilizados. Verificou-se igualmente que o PAEF teve um maior impacto no setor bancário português fase aos primeiros anos da crise subprime em cinco dos nove indicadores calculados.
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