Mobilidade pedonal e comportamento de saúde de pessoas idosas em estruturas residenciais: o caso do concelho de Leiria

Introdução: O fenómeno do envelhecimento da população constitui um desafio atual para a formulação de políticas públicas na procura de minimizar impactos negativos e maximizar as potencialidades que possam daí advir para a sociedade e, ainda, contribuir para a melhoria da qualidade de vida das pesso...

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Detalhes bibliográficos
Autor principal: Serra, Ana Sofia Pereira (author)
Formato: masterThesis
Idioma:por
Publicado em: 2019
Assuntos:
Texto completo:http://hdl.handle.net/10773/25181
País:Portugal
Oai:oai:ria.ua.pt:10773/25181
Descrição
Resumo:Introdução: O fenómeno do envelhecimento da população constitui um desafio atual para a formulação de políticas públicas na procura de minimizar impactos negativos e maximizar as potencialidades que possam daí advir para a sociedade e, ainda, contribuir para a melhoria da qualidade de vida das pessoas idosas. A resposta das entidades públicas, nomeadamente ao nível local, tem passado, entre outras soluções, pela aposta de tornar os espaços mais amigos da população idosa. Neste contexto, a promoção da mobilidade pedonal tem ganho preponderância, na medida em que esta se constitui como uma das atividades físicas mais praticadas pelas pessoas idosas. Objetivo: Este estudo tem como objetivo principal compreender em que medida o ambiente construído envolvente de Estruturas Residenciais para Idosos (ERPI) contribui para a mobilidade pedonal e para comportamentos de saúde e bem-estar dos seus utentes, tanto no meio rural, como no meio urbano. Métodos: Trata-se de um estudo descritivo e exploratório, com uma abordagem quantitativa e qualitativa, sendo a metodologia adotada a de um estudo de caso, no concelho de Leiria. Foram entrevistados 13 utentes e quatro profissionais de duas ERPI localizadas no meio rural e 23 utentes e quatro profissionais de outras duas ERPI localizadas no meio urbano. O ambiente construído foi analisado com o recurso a mapas do Google Maps e com a elaboração e preenchimento de grelhas de observação adaptadas para o efeito. O comportamento de saúde foi avaliado através do Questionário de Atividade Física Habitual. Resultados: Os resultados sugerem que, comparando o meio rural com o urbano, a maioria das pessoas idosas residentes nas ERPI deslocam-se sozinhas para o seu exterior (100% versus 73,9%), assim como, conhecem (100% versus 82,6%) e frequentam (76,9% versus 68,4%) os serviços e equipamentos ali existentes. Contudo, são poucos os que o fazem diariamente (46,1% versus 21,7%). O ambiente construído do meio urbano é mais dotado de serviços e equipamentos que o rural, no entanto, observou-se, em ambos os meios, a existência de barreiras físicas que podem condicionar a mobilidade pedonal dos utentes. Os utentes do meio rural apresentam resultados mais favoráveis para o comportamento de saúde e atividade física, do que os do meio urbano. Conclusões: No desenho de espaços amigos da população idosa por parte do poder local, a perspetiva da população idosa institucionalizada não deve ser excluída, já que esta população, não só tem direito a usufruir desses espaços (serviços, atividades, espaços públicos), como também tira partido dos mesmos, questões fundamentais para fazer face ao desafio inerente ao fenómeno do envelhecimento demográfico