Summary: | O turismo assume uma importância colossal a nível mundial e é de facto uma indústria dinâmica e propensa a incitar muitas outras. Na Era contemporânea, as práticas do turismo assentam tendencialmente na valorização da autenticidade e da originalidade das experiências, que são tão mais aprazíveis quanto maiores as emoções que despertam. Nesta fileira, o enoturismo apresenta-se como um segmento altamente promissor, que conjuga uma panóplia de serviços com as experiências vinícolas e afigura-se como um elemento dinamizador dos destinos e dos sentidos. A sua materialização advém fundamentalmente da estruturação de rotas, que consolidam a oferta turística alusiva ao vinho e incorporam, na sua essência, valores de sustentabilidade e de preservação da matriz histórica, natural e cultural dos territórios. O Turismo de Portugal tem vindo a reconhecer a excelência do património desta natureza e a notoriedade dos terroirs, que se estendem de Norte a Sul do país até às ilhas, ambicionando sumptuosamente a afirmação deste produto turístico enquanto ativo estratégico qualificador do nosso destino. Para a região Transmontana, detentora de vinhos de prestígio e de um património cultural e paisagístico ímpar, o enoturismo emerge e apresenta um potencial avassalador, cuja dinamização é pertinente, mas proporcionalmente desafiante. Nesta sequência, a temática desta investigação centra-se na proposta de desenvolvimento da rota dos vinhos de Trás-os-Montes, assumindo-se que a sua inexistência traduz o subaproveitamento do património regional, que deve ser elevado e projetado, de acordo com a ancestralidade e a singularidade que o território incorpora. Para tal, e sendo este um projeto integrado no paradigma da interioridade, o modelo delineado comporta atributos consistentes de empreendedorismo e exequibilidade, que visa criar um valor efetivo, para o território e para quem nele habita.
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