A síndrome de burnout: um estudo numa amostra de cuidadores formais de idosos

O trabalho realizado pelos Cuidadores Formais de Idosos não é fácil, a prestação de cuidados exige um esforço contínuo a nível cognitivo, emocional e físico, que leva, muitas vezes a um estado de fadiga física e mental designado de burnout. Segundo Maslach e Jackson (1997) o burnout é definido de ac...

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Bibliographic Details
Main Author: Martins, Rita Francisco Moura (author)
Format: masterThesis
Language:por
Published: 2022
Subjects:
Online Access:http://hdl.handle.net/10400.26/40708
Country:Portugal
Oai:oai:comum.rcaap.pt:10400.26/40708
Description
Summary:O trabalho realizado pelos Cuidadores Formais de Idosos não é fácil, a prestação de cuidados exige um esforço contínuo a nível cognitivo, emocional e físico, que leva, muitas vezes a um estado de fadiga física e mental designado de burnout. Segundo Maslach e Jackson (1997) o burnout é definido de acordo com três dimensões: exaustão emocional, despersonalização e realização pessoal. O objetivo deste estudo é analisar a síndrome burnout nos Cuidadores Formais de Idosos e a relação das variáveis sociodemográficas e profissionais com esta síndrome. A metodologia utilizada neste estudo é do tipo descritivo e correlacional, utilizando-se uma amostra constituída por 66 Cuidadores Formais de Idosos de três Instituições Particulares de Solidariedade Social de Setúbal. Os instrumentos utilizados neste estudo foram o Maslach Burnout Inventory Human Services Survey (MBI- HSS) para avaliar o burnout de Maslach et al. (1996) e um conjunto de questões para avaliar as variáveis sociodemográficos e profissionais. Os resultados obtidos neste estudo revelam que os Cuidadores Formais de Idosos não apresentam níveis significativos de burnout. Quanto à relação da síndrome de burnout com as variáveis sociodemográficas e profissionais verifica-se que os profissionais com maior exaustão emocional são os com os que sofrem de problemas de saúde, que prestam cuidados internos na Instituição e que têm contrato a termo. O inverso aplica-se aos profissionais com grau de habilitações académicas superiores, que apresentam menor exaustão emocional. Os profissionais que apresentam maior despersonalização são os que trabalham mais horas na Instituição, que sofrem de problemas de saúde, que prestam cuidados internos na Instituição, que estiveram de baixa nos últimos 6 meses, que têm contrato a termo e de prestação de serviços. O inverso aplica-se aos profissionais com maior satisfação no trabalho e com grau de habilitações académicas superiores, que apresentam menor despersonalização, que apresentam menor despersonalização. Verifica-se ainda que os profissionais que apresentam maior realização pessoal foram os que estiveram de baixa nos últimos 6 meses.A prevenção das causas que levam ao burnout é vantajosa não só para o indivíduo como para a organização, pois leva a melhores condições de trabalho, ao bem-estar dos indivíduos e ao sucesso da Instituição.