Potencial acidogénico de resíduos para produção de biopolímeros

Este estudo centrou-se na manipulação das condições operatórias da digestão anaeróbia com vista a encontrar as condições óptimas para a produção de ácidos orgânicos voláteis (AOVs), durante a etapa de acidogénese. Está dividido em três fases, e em cada fase foram realizados vários ensaios em reactor...

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Detalhes bibliográficos
Autor principal: Marques, Helder Alexandre Neto (author)
Formato: masterThesis
Idioma:por
Publicado em: 2012
Assuntos:
Texto completo:http://hdl.handle.net/10773/7639
País:Portugal
Oai:oai:ria.ua.pt:10773/7639
Descrição
Resumo:Este estudo centrou-se na manipulação das condições operatórias da digestão anaeróbia com vista a encontrar as condições óptimas para a produção de ácidos orgânicos voláteis (AOVs), durante a etapa de acidogénese. Está dividido em três fases, e em cada fase foram realizados vários ensaios em reactores batch. Os substratos utilizados foram: soro de leite, glicerol, efluente vínico, efluente de lagares de azeite e fracção orgânica de resíduos sólidos urbanos (FORSU). A Fase I teve o objectivo de determinar concentração óptima de ácido 2-Bromoethanesulfonic (BES) para inibir a metanogénese da digestão anaeróbia. Foram experimentados dois tipos de inóculo distintos, tendo-se concluído que 1mM/L de BES inibe totalmente a metanogénese com qualquer dos dois inóculos. A Fase II teve como objectivo a determinação das condições operacionais óptimas para a produção de AOVs, pata o substrato soro de leite. As variáveis foram o rácio alimento/microrganismos (F/M) e a alcalinidade. Através da metodologia de superfície de resposta conclui-se que rácio F/M igual a 4 (quatro) e alcalinidade de 2 gHCO3-/L são as melhores condições para a produção de AOVs. A metanogénese foi inibida com 1mM/L de BES, nesta fase e na seguinte. Na Fase III testou-se a produção de AOVs com vários substratos, utilizando as três melhores condições operacionais encontradas na fase anterior. Nestas condições verificou-se que o efluente vínico se destaca pelo seu potencial para produzir AOVs e em particular ácido acético. Os substratos soro de leite e efluente vínico foram os que demonstraram ser mais facilmente acidificáveis, com 100% e 65% de acidificação, respectivamente.