Fatores subjetivos/comportamentais que influenciam o PSI 20 e o IBEX 35

O estudo propõe-se analisar se a volatilidade do PSI 20 e do IBEX 35 são afetados pelo sentimento do investidor e pelos impactos das notícias positivas ou negativas do mercado, com o recurso a dados de séries temporais com frequência mensal de janeiro de 1988 a maio de 2019. Consideramos ainda que a...

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Detalhes bibliográficos
Autor principal: Costa, Stefan Abrantes da (author)
Formato: masterThesis
Idioma:por
Publicado em: 2020
Assuntos:
Texto completo:http://hdl.handle.net/10400.19/6246
País:Portugal
Oai:oai:repositorio.ipv.pt:10400.19/6246
Descrição
Resumo:O estudo propõe-se analisar se a volatilidade do PSI 20 e do IBEX 35 são afetados pelo sentimento do investidor e pelos impactos das notícias positivas ou negativas do mercado, com o recurso a dados de séries temporais com frequência mensal de janeiro de 1988 a maio de 2019. Consideramos ainda que a insuficiência de estudos no contexto português constitui um impulso determinante na realização desta dissertação. Para este estudo utilizaram-se dados de retorno do índice do PSI 20 e do IBEX 35 e do sentimento do investidor. O sentimento do investidor foi estimado com o recurso à regressão múltipla de um conjunto de variáveis macroeconómicas e ao índice de confiança do consumidor. Posteriormente e com os retornos dos índices em estudo avaliaram-se os comportamentos assimétricos da volatilidade de acordo com as boas ou más notícias e o impacto do sentimento do investidor na volatilidade. As análises foram efetuadas com o STATA 16 e avaliadas com recurso ao modelo TGARCH. Os resultados obtidos indicam um efeito assimétrico das boas notícias em relação às más notícias na volatilidade do IBEX 35, contudo para o PSI 20 este efeito assimétrico não é estatisticamente significativo. Constatou-se ainda que para Portugal e Espanha o sentimento do investidor assume relevância estatística com valor negativo, sugerindo que, a volatilidade do mercado apresenta maior sensibilidade a choques negativos na variância condicionada. Em Portugal, contrariamente ao que se verifica em Espanha o sentimento não tem relevância estatística sobre o retorno dos mercados. O estudo sugere ser possível aos agentes financeiros antecipar possíveis oscilações dos movimentos da volatilidade e adotar medidas preventivas que permitam anular ou aproveitar as alterações da volatilidade. A principal limitação deste estudo decorre de apenas ter analisado o mercado português e espanhol devendo contemplar outros países enriquecendo, desse modo, o estudo comparativo. Como investigação futura sugere-se que se alargue o âmbito de análise a outros países da OCDE e se utilizem indicadores e/ou variáveis macroeconómicas alternativas para aferir o sentimento do consumidor.