A Identidade do Exercício Físico em Utilizadores de Ginásios Comunitários - Papel da Identidade no Exercício Físico

Assiste-se, gradualmente, a um aumento significativo a nível mundial do interesse e envolvimento no Exercício Físico (EF). Os tipos de exercício que promovem o fitness físico e afetam, de forma benéfica, a saúde do indivíduo e o seu funcionamento global, têm-se tornado aspetos fulcrais na vida das p...

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Detalhes bibliográficos
Autor principal: Pinto, Inês Margarida de Sousa (author)
Formato: masterThesis
Idioma:por
Publicado em: 2021
Assuntos:
Texto completo:http://hdl.handle.net/20.500.11816/3636
País:Portugal
Oai:oai:repositorio.cespu.pt:20.500.11816/3636
Descrição
Resumo:Assiste-se, gradualmente, a um aumento significativo a nível mundial do interesse e envolvimento no Exercício Físico (EF). Os tipos de exercício que promovem o fitness físico e afetam, de forma benéfica, a saúde do indivíduo e o seu funcionamento global, têm-se tornado aspetos fulcrais na vida das pessoas (Carneiro, 2012). Além disso, também tem sido dado ênfase ao estudo de aspetos biopsicossociais relacionados ao EF. O papel da Identidade do Exercício Físico (IEF), conceito relacionado ao modo como o indivíduo desempenha o papel de “exercitador” como aspeto central da sua identidade, tem sido estudado dentro desta temática por vários autores (Ntoumanis et al., 2017; Anderson & Cychosz, 1994, 1995; Miller et al., 2002). A existência de uma forte identidade do EF apresenta-se como positiva para um desportista, pois quanto mais este se vincula à sua prática, mais importância, dedicação e compromisso vai colocar na prática (Chen et al., 2010). Também o estudo de determinadas variáveis relacionadas ao EF é importante de forma a entendermos melhor que fatores condicionam a intenção de praticar EF, que fatores condicionam a motivação para o exercício e que fatores influenciam as atitudes face à prática do mesmo. Em suma, torna-se pertinente a continuação dos estudos no âmbito da IEF, pois, embora se observe um incremento da investigação nos últimos anos, o facto de se aumentar o conhecimento científico nesta área pressupõe desenvolver o conceito de identidade do EF a partir das bases já estabelecidas, preenchendo as lacunas existentes. Este estudo explora as temáticas acima descritas através de dois manuscritos. O primeiro com o título “A identidade do exercício físico em utilizadores de ginásios comunitários: Papel da Identidade no Exercício Físico”, tem como objetivo principal, avaliar os aspetos biopsicossociais do EF em utilizadores de ginásios comunitários, nomeadamente no que diz respeito ao papel da identidade no EF. Os resultados deste primeiro estudo possibilitaram verificar que: a EIS correlacionou-se estatisticamente com todas as dimensões; a idade apareceu correlacionada negativamente à IPEF; foi verificada uma diferença estatisticamente significativa na Regulação Intrínseca cuja média foi superior no género feminino; foi verificada uma diferença estatisticamente significativa na AFEF, cuja média foi superior nos participantes solteiros; os participantes que têm personal trainer, apresentaram valores mais elevados no NSEF; os participantes que no seu treino em grupo fazem aulas de força apresentaram valores maiores no BREQ; os participantes que no seu treino em grupo fazem aulas de força apresentaram, também, valores maiores no EIS; os participantes que fazem no seu treino em grupo aulas de força apresentaram, igualmente, valores maiores no AFEF; os participantes que fazem treinos individuais apresentaram valores superiores no PCC e no AFEF; os participantes que não consumiam esteroides anabolizantes apresentaram valores mais elevados de regulação intrínseca e no NSEF; os participantes que não realizavam aulas corpo mente e aulas de força em grupo, apresentaram valores mais elevados de IPEF, NSEF, EPEF e amotivação. O segundo intitulado “Adaptação da Escala de Identidade do Exercício Físico (EIS) a utilizadores de ginásios comunitários, tem como objetivo verificar se a Escala de Identidade do Exercício Físico- EIS (Anderson & Cychosz, 1994). Os resultados permitiram verificar que a EIS apresenta um bom modelo de ajustamento à população-alvo.