Resumo: | O presente estudo procura identificar as orientações de carreira de enfermeiros pertencentes à Geração Z, num grupo de saúde privado português, mediante uma metodologia mista, com desenho paralelo convergente. Foram avaliados, numa vertente quantitativa (n=201) os instrumentos Inventário de Orientações de Carreira (COI), Escala Atitudes de Carreira Proteana e sem Fronteiras (PCAS e BCAS, respetivamente), aliados a uma análise de conteúdo decorrente da entrevista semi-estruturada (n=10). Os resultados apontam para a versatilidade, atualidade e validade do COI e inadequação dos restantes instrumentos para a amostra em estudo. O estudo sugere a coexistência e compatibilidade de orientações tradicionais e contemporâneas, expressando, por um lado, metacompetências proteanas, mobilidade psicológica, a presença das âncoras que privilegiam a conciliação trabalho-família e a busca por oportunidades de aprendizagem e, do outro, contrastam a premente necessidade de segurança e uma mobilidade física enquadradas numa Geração Z económica, social e ecologicamente preocupada. O padrão Cidadão Sólido sugerido, aliado à manifestação de impaciência e necessidade de progressão rápida, característicos desta coorte geracional, colocam sobre as organizações a responsabilidade acrescida de proporcionar oportunidades de carreira e desafios, assegurando uma mobilidade interna, antes que a externa se manifeste.
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