Summary: | Este artigo tem por objecto reflectir sobre a crescente disseminação dos MOOC - Massive Open Online Courses - e a elevada adesão que estes têm conhecido. Tratar-se-á de um movimento de destruturação e ruptura do sistema de ensino-aprendizagem vigente (ao nível do ensino superior) ou se tratar-se-á apenas de uma estratégia, de uma reestruturação, de uma outra forma de aprendizagem? Como é que a comunidade educativa de ensino superior está a reagir ao “fenómeno”? John Hennessy, da Universidade de Stanford refere que um “tsunami” se aproxima. James Vernon, da Universidade de Berkeley afirma que são uma “avalanche” que ameaçam ensino superior. Patrick McAndrew da Universidade Aberta do Reino Unido enquadra os MOOC como uma entre tantas mutações que estão acontecendo no sistema educativo. Pierre Dillenbourg do Instituto Federal de Tecnologia em Lausanne, acredita que há muito mais nos MOOC do que o que aquilo que estamos a ver. Face ao leque de opiniões contraditórias, ou não, o certo é que os cursos estão a gerar no seio da comunidade educativa, a nível mundial, o desenvolvimento de novos modelos de ensinar e aprender. A velocidade com que sugiram e como se têm transformado, com rigor científico ninguém os pode definir em toda a sua extensão, nem tão-pouco o alcance do fenómeno. O foco deste artigo visa a contextualização dos cursos no tempo e na opinião de especialistas mundiais, a fim de tentar encontrar respostas às questões acima evidenciadas.
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