Summary: | Neste artigo analisa-se o romance Livro de José Luís Peixoto (2010), enquanto narrativa que reelabora as memórias da grande vaga migratória portuguesa para França nas décadas de 1960 e 1970 do século passado. Propõe-se tecer algumas reflexões sobre as formas como as memórias se apresentam na escrita literária e sobre a presença do escritor no romance como instância enunciadora que elabora uma ficcionalização do próprio eu, pertencente, enquanto filho de emigrantes regressados a Portugal antes de ele nascer, a uma segunda geração, de pós-memória, sendo descendente de quem vivenciou diretamente esta vaga migratória.
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