Memórias incómodas e rasura do tempo: Movimentos estudantis e praxe académica no declínio do Estado Novo

Apesar das repetidas evocações consagradas às lutas estudantis dos anos sessenta e setenta, persistem ainda lacunas e mal-entendidos que levam à manutenção de uma memória demasiado selectiva. O presente texto relaciona os movimentos estudantis desse período com as mutações então ocorridas no terreno...

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Detalhes bibliográficos
Autor principal: Cardina, Miguel (author)
Formato: article
Idioma:por
Publicado em: 2008
Assuntos:
Texto completo:http://hdl.handle.net/10316/33802
País:Portugal
Oai:oai:estudogeral.sib.uc.pt:10316/33802
Descrição
Resumo:Apesar das repetidas evocações consagradas às lutas estudantis dos anos sessenta e setenta, persistem ainda lacunas e mal-entendidos que levam à manutenção de uma memória demasiado selectiva. O presente texto relaciona os movimentos estudantis desse período com as mutações então ocorridas no terreno da praxe académica em Coimbra, colocando em evidência o modo como durante cerca de dois decénios se foi construindo uma forma de estar e agir distante dos tópicos do tradicionalismo coimbrão e até mesmo em ruptura com ele. Simultaneamente, problematiza-se a imagem de um tempo contestatário focalizado quase exclusivamente na “crise de 69”, chamando a atenção para algumas margens de esquecimento promovidas pela associação da memória dos combates estudantis dos “longos anos sessenta” a esse momento mais grandioso.