Resumo: | O envelhecimento diz respeito a uma etapa do ciclo vital de qualquer ser humano, como tal, tem repercussões positivas e negativas. No entanto, tem vindo a ser interpretado como um processo que é condicionado somente por perdas, perdas essas que parecem muitas vezes conduzir a patologias frequentemente subdiagnosticadas no idoso. Apesar de existirem estudos neste sentido, a problemática está longe de ser definida e desmistificada. Como objetivo principal, esta investigação pretende analisar, compreender e caracterizar os níveis de depressão e ansiedade nos idosos em função de diferentes variáveis sociodemográficas, assim como, avaliar se é nos idosos institucionalizados ou não institucionalizados que prevalecem maiores níveis de sintomatologia. Para dar resposta aos objetivos propostos foram avaliados os níveis de depressão através da Geriatric Depression Scale, os níveis de ansiedade recorrendo-se ao inventário de ansiedade de Beck e por último, para apurar as variáveis sociodemográficas utilizou-se um questionário sociodemográfico. Assim, apresenta-se um estudo quantitativo de cariz transversal, descritivo e correlacional. Esta investigação incide sobre um grupo de 100 participantes com idades compreendidas entre os 65 e os 95 anos de idade com uma média de =81,27, dos quais 46 pertencem ao género masculino e 54 ao género feminino. Face às hipóteses operacionalizadas, foram considerados dois subgrupos, o dos idosos institucionalizados e o dos idosos não institucionalizados, o primeiro (n=50) foi concebido recolhendo a amostra em três instituições com regime de internamento do distrito de Castelo branco, já o segundo foi formado pelos idosos da comunidade residentes no mesmo distrito. As principais conclusões do nosso estudo sugerem que os idosos institucionalizados apresentam níveis de depressão e ansiedade mais elevados que os idosos que não se encontram sob essa condição; o género feminino padece de maior sintomatologia depressiva, assim como os idosos com idade superior a 74 anos. Concluiu-se ainda, que as pessoas desta faixa etária que revelam mais frequentemente sentimento de solidão apresentam níveis superiores de ansiedade e depressão. Em linhas gerais, os nossos resultados vieram corroborar alguns dos resultados observados nos últimos anos, sendo que também é possível identificar algumas divergências.
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