Summary: | ntrodução/problemática: Em Portugal a taxa de amamentação ao nascer é elevada (superior a 95%) porém, o abandono precoce é uma realidade com que nos deparamos com alguma frequência. Vários são os factores que conduzem a tal situação. Trabalhar fora de casa tornou-se uma realidade para a maioria das mulheres. O regresso ao trabalho é um dos motivos apontados pelas mães para o abandono da amamentação. Por vezes torna-se difícil conciliar o aleitamento materno com a actividade laboral. As atitudes e intervenções dos enfermeiros exercem influência no processo/sucesso da amamentação e no ultrapassar de dificuldades que surgem. Promover a amamentação é uma prioridade de saúde pública. Objectivos: Conhecer medidas promotoras da amamentação que os enfermeiros de cuidados de saúde primários, especialistas em Enfermagem de Saúde Infantil/Pediatria, desenvolvem para apoiarem mães trabalhadoras e identificar as intervenções promotoras da amamentação desenvolvidas por estes enfermeiros junto das mães, a nível da comunidade, na família, nos locais de trabalho, nas creches e nos seus próprios locais de trabalho. Metodologia: Estudo qualitativo, descritivo, transversal, junto de 13 enfermeiros Especialistas em Enfermagem de Saúde Infantil/Pediatria que trabalham em Centros de Saúde. Utilizaram-se entrevistas semiestruturadas em Junho e Julho de 2015. No tratamento da informação recorreu-se à análise de conteúdo de Laurence Bardin. Resultados: Os enfermeiros privilegiam as consultas de enfermagem para intervirem junto das mães, pais e avós, quando vão às consultas com as mães. Como estratégias promotoras mencionaram cantinhos da amamentação, apoio telefónico, visita domiciliária, ensinos (sobre a legislação, técnica de amamentação e extracção e conservação de leite materno) e Semana Mundial do Aleitamento Materno. Conclusões/Recomendações: A actuação dos Enfermeiros limita-se ao contexto das consultas de enfermagem. Para reduzir o desmame precoce, motivado pelo regresso ao trabalho, têm também de intervir nas creches, entidades patronais e sociedade em geral. Referências Bibliográficas Almeida, I., Pugliesi, Y., & Rosado L. (2015). Estratégias de promoção e manutenção do aleitamento materno baseadas em evidência: revisão sistemática. FEMINA, 43(3), 97-103. Galvão, D. (2006). Amamentação bem-sucedida: alguns fatores determinantes. Loures: Lusociência. Graça, L., Figueiredo, M., & Conceição, M. (2011). Contributos da intervenção de enfermagem de cuidados de saúde primários para a promoção do aleitamento materno. Revista Latino Americana de Enfermagem, 19(2), 27-35. Pedroso, R., Galvão, D., & Castro, F. (2014). Amamentação em mulheres trabalhadoras e alunas do ensino superior público de Coimbra. International Journal of Developmental and Educational Psychology, 2(1), 419-424.
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