Summary: | No início da década de 60 Portugal foi confrontado com acções de movimentos independentistas nas suas províncias ultramarinas. Inicialmente é Angola com os seus movimentos subversivos a primeira das três províncias a entrar em guerra. A resposta portuguesa é rápida e surge pouco depois do inicio do conflito com a doutrina portuguesa de contra-subversão em que é apresentada como base do exército as forças de caçadores. Estas forças bastante semelhantes com as de Infantaria mas mais aligeiradas começam a apresentar algumas lacunas, principalmente para cumprir missões como forças de intervenção. São então criadas várias forças com o intuito de suprimir essas falhas e realizar um eficaz combate à subversão. Para além das Forças Especiais Portugal começa a utilizar forças de nativos e até tropa a cavalo, também denominados Dragões. Embora inicialmente esta ideia fosse um pouco controversa a verdade é que depois da experiência em 1967 no Leste de Angola com um pelotão e de se ter provado a eficácia desta força em terreno favorável começa a ser constituído um Esquadrão a cavalo. Pouco tempo depois formava-se o segundo e a experiência alargava-se à província de Moçambique. A velocidade, as cargas, o raio de acção elevado e uma autonomia superior são apenas algumas das vantagens que esta força possuía face aos caçadores. Tacticamente os Dragões começam por fazer operações de reconhecimento mas rapidamente passam a executar operações planeadas devido não só às suas capacidades o permitirem mas também aos reduzidos efectivos das guerrilhas inimigas. Este tipo de força inicialmente duvidosa torna-se num dos mais eficazes investimentos do Exército na luta contra a subversão e acaba mesmo por ser copiada anos mais tarde na Rodésia e na África do Sul.
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